ACONTECIMENTOS EM DESTAQUE – A greve em São Paulo
Trabalhadores da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) param a cidade de São Paulo em fato inédito de união entre os sindicatos em torno de uma pauta política. Ou seja, política no bom sentido, para que o Governo do Estado não leve à frente a proposta de privatização. O Governo neo-liberal de São Paulo é encurralado para que essa política destruidora do patrimônio e privatista seja eliminada deste Estado trazida por um governador “Bolsonarista” cujo objetivo é favorecer empresas e apaniguados no maior estilo burguês de administrar as riquezas nacionais em favor dos grandes capitais nacionais e estrangeiros.
O acontecimento pegou de surpresa não só o Governador do Estado como a mídia corporativa neo-liberal como a Globo, embora a greve já havia sido aprovada em Assembleias à semana passada. O comportamento da mídia foi de chantagear a todo tempo os grevistas e espectadores apresentando a todo tempo o drama daqueles que precisavam do transporte. Nenhuma discussão séria foi realizada sobre o mérito da greve.
Nem isso, contudo, evitou que a população se alinhasse com os grevistas dizendo não à privatização. Enquanto o Governador mentia na mídia em entrevistas a realidade o desmentia imediatamente quando a linha 9 privatizada apresentou problemas. Enquanto o discurso era de que as linhas privatizadas não apresentavam problemas e nem participavam da greve, a população o desmentia assim como a presidente do Sindicato informava que os problemas eram constantes e as falhas aconteciam constantemente.
Obs.:
No mesmo dia mais duas outras greves eclodiram por outros motivos, ambas negligenciadas pela mídia. Por que? Foram: a greve na Embraer por motivo salarial e a greve no terminal de Guarulhos do Aeroporto de São Paulo, devido a proibição do uso de celular na área de carga e descarga devido a questão da troca de malas. De qualquer forma o assunto demonstra que a classe trabalhadora está assumindo outra postura de organização que há muito não se via.
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